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‘Títulos verdes' começaram a ser vendidos no mercado externo
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De acordo com o governo, recursos captados serão usados para ações sustentáveis e de combate às mudanças climáticas. Papéis em dólar têm prazo de sete anos, com vencimento em 2031.
- Por Camilla Ribeiro
- 13/11/2023 21h37 - Atualizado há 10 meses
Nesta segunda-feira (13), a Secretaria do Tesouro Nacional informou que abriu a primeira emissão de títulos públicos "verdes" no mercado externo.
Os papéis terão prazo de sete anos, com vencimento em 2031.
"O objetivo da operação é reafirmar o compromisso da República com políticas sustentáveis, convergindo com o crescente interesse de investidores não residentes e com a expansão do mercado de títulos temáticos no mundo", disse o Tesouro Nacional.
De acordo com a instituição, os recursos captados por meio dos títulos "verdes" serão direcionados a ações que "impulsionem a sustentabilidade e contribuam para a mitigação de mudanças climáticas, para a conservação de recursos naturais e para o desenvolvimento social".
Segundo as regras dos títulos sustentáveis, os valores serão aplicados em projetos ambientais como:
-preservação ambiental dos biomas nativos, inclusive com o controle do desmatamento da Amazônia e Cerrado;
-fomento ao Fundo do Clima;
-produção de energia renovável.
O governo declarou que haverá "transparência na definição e seleção das despesas" a serem bancadas com esses recursos.
Também diz que fará a "divulgação de indicadores qualitativos e quantitativos, quando disponíveis, com mensuração dos impactos ambientais e/ou sociais dessas despesas".
Nesta segunda-feira (13), o Tesouro Nacional captou US$ 2 bilhões com a emissão de "títulos verdes" no mercado internacional.
"Nós conseguimos, na minha opinião, um resultado bastante expressivo, foram colocados US$ 2 bilhões de dólares em títulos sustentáveis, a primeira vez que o Brasil emite esse tipo de título", disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a jornalistas.
Com a emissão de papéis no mercado externo, o governo brasileiro arrecada recursos de investidores estrangeiros e estabelece o compromisso de devolver os recursos após um prazo determinado e com o pagamento de juros.
Em caso dos títulos sustentáveis, os valores arrecadados com essa emissão serão direcionados para projetos ambientais.
A taxa de retorno para o investidor internacional será de 6,5% ao ano.
Essa foi a segunda emissão de títulos no mercado internacional neste ano.
